Estamos no segundo semestre efetivamente, pois julho costuma ser um mês de férias, em que muitos costumam ter os custos com viagens. Por conta disso, o retorno a uma rotina que exige um maior controle financeiro é justamente o início de agosto. 

O período entre fim de julho e início de agosto é aquele que fazemos o planejamento financeiro para o segundo semestre. Com pandemia, crise econômica no país e agora um período de instabilidade por conta do período eleitoral, chega o momento de avaliar tudo aquilo feito e conquistado nos primeiros meses do ano e preparar-se para o restante de 2022. 

Planejamento financeiro 2º semestre: reavaliar o que foi programado no começo do ano 

Antes de partirmos para o que vamos fazer, precisamos avaliar todo o planejamento financeiro traçado lá em janeiro. Em primeiro lugar, porque passamos por diversas situações adversas nestes primeiros meses.  

Por exemplo: o início da guerra influenciou diretamente nos gastos pessoais, que sofreram um aumento considerável por diversos produtos de primeira necessidade, terem seus preços inflacionados. Então é possível que planos de fazer reservas financeiras ou mesmo para investimentos, tiveram de ser revistos. 

As mudanças no cenário financeiro dos EUA, que impactaram tanto o valor do dólar por aqui, como o investimento em ações, também precisam ser levados em conta. Ou seja, tivemos alguns fatores fora do planejamento financeiro inicial e que podem exigir uma adequação para o atual momento do país. 

Agora, vamos a algumas dicas para poder ter um segundo semestre sem maiores sustos. 

1 – Faça uma reserva para as contas do começo de 2023 

Parece exagero, mas sendo financeiramente viável, fazer uma reserva para contas obrigatórias de começo de ano, pode ser um ótimo negócio. Por exemplo: IPTU, IPVA, seguros, matrículas escolares costumam oferecer descontos para uma quitação feita à vista. Ou seja, você poderá iniciar o ano sem contrair dívidas ao guardar parte do salário ao longo do segundo semestre. 

2 – Faça um planejamento financeiro para quitar dívidas 

Caso as crises geradas pela guerra na Ucrânia e pela própria inflação descontrolada no país o tenham feito contrair dívidas, a situação muda de figura. Neste caso, deve-se fazer um planejamento financeiro com um levantamento de todas suas dívidas ativas.  

A partir daí recomenda-se buscar quitar aquelas com juros mais altos (cheque especial, cartão de crédito) e se possível, renegociar, buscando condições mais favoráveis. Muitos lugares oferecem essa possibilidade, com alguns até mesmo dando um desconto para uma quitação à vista.

3 – Cortar gastos desnecessários 

Esta é uma dica que vale em qualquer período do ano. Ao refazer o planejamento financeiro no segundo semestre, vale observar entre às despesas, aquilo que pode ser cortado. Gastos supérfluos muitas vezes impactam nas finanças, mas passam batidos por serem menores que aqueles básicos.  

No entanto, o que costuma acontecer é que a soma de vários pequenos destes gastos, que trazem um grande impacto financeiro. Momento importante para fazer esta revisão de custos. 

4 – Evitar contrair dívidas 

Primeiramente é importante destacar que não falamos daquelas que envolvem uma emergência ou um gasto extra, mas sim aquelas possíveis de se evitar. Por exemplo: em um período de instabilidade econômica, não é interessante fazer muitas compras a prazo.  

Neste caso, sempre que possível, opte por comprar à vista, deixando parcelamentos apenas para casos extremos. O motivo é: dependendo de como for feito este parcelamento, o valor das parcelas pelo aumento da taxa SELIC pode sofrer aumentos, deixando a dívida ainda maior do que ela já é.  

5 – Avaliar dentro do planejamento financeiro, a possibilidade de investimentos 

Apesar de vivermos um momento de crise no Brasil pelos mais diversos fatores, falamos de um período favorável para investimentos. Um cenário de queda do dólar, como falamos anteriormente, assim como os títulos públicos, que tiveram uma melhora no rendimento por conta da alta da SELIC, tornaram-se opções atrativas para quem tem uma reserva para investir. 

Sendo assim, se dentro das suas possibilidades, houver a chance de aplicar parte de suas reservas em investimentos, pode-se ter uma boa chance de crescimento patrimonial para 2023. 

6 – Ter uma reserva financeira 

Por fim, mas não menos importante, temos a questão da reserva financeira. Esta deve ser tratada como um dinheiro apenas para emergências, que não deve ser usado para investimentos de risco. O ideal é ter sempre um valor que lhe possibilite passar alguns meses sem entrada de nenhum valor.  

Com isso, você sabe que mesmo com algum imprevisto, como uma perda de emprego, você terá como se sustentar por um período, enquanto busca uma recolocação.  

Conclusão 

Como destacamos ao longo do primeiro semestre, o momento econômico no Brasil é bastante desfavorável, seja por fatores internos, como externos. Por conta disso, deve-se repensar muita coisa dentro do planejamento financeiro. 

Contudo, há casos em que se está com uma situação econômica mais tranquila, com um impacto menor destas crises nas suas finanças .Sendo assim, fale com um consultor da IN para ajudá-lo (a) com este planejamento! 😉