Entre as principais preocupações de muitos trabalhadores, fica a questão de como será sua aposentadoria e o medo de ficar sem ter como se sustentar. Contudo, para muitos fazer um plano de tão longo prazo (de décadas) pode não ser exatamente simples. Por conta disso, iremos explicar um pouco mais sobre planejamento financeiro para aposentadoria. 

Definir uma meta ou um desejo é o primeiro passo recomendável do planejamento financeiro para aposentadoria 

Antes de pensar em como fazer um planejamento, é preciso ter em mente qual será o seu desejo quando se aposentar. Sem dúvida para muitos trabalhadores, conseguir pensar tão adiante é bastante complicado. Mas a partir do momento em que se consiga ter alguma folga financeira, é o momento em que se pode começar a considerar pensar quais os seus desejos para o futuro. 

Por exemplo: caso o desejo seja uma mudança completa de vida, como morar na praia ou mesmo no interior, há um tipo de planejamento. Caso seja simplesmente permanecer na cidade em que está, porém com liberdade de poder fazer viagens eventuais, cursos, frequentar eventos culturais, entre outros, o planejamento será outro. 

Ter uma meta acaba por facilitar a busca e até mesmo manter-se comprometido a seguir adiante com o planejamento. Até porque é normal que muitas vezes se tenha uma falta de perspectiva clara, o que pode fazer com que se perca a motivação ou até mesmo acabe por usar aqueles fundos para outras coisas, prejudicando todo o andamento da sua meta.  

Pensar e planejar no longo prazo 

Entretanto, ainda que não se tenha uma meta clara ou definida, você também pode começar seu planejamento financeiro para aposentadoria. Bastará ter em mente que aquele dinheiro a ser utilizado, não será para uso imediato, no curto ou mesmo no médio prazo.  

Só que para isso, será preciso fazer um planejamento de longo prazo. Ele é especialmente difícil para alguns, pois envolve diretamente cortar gastos ou mesmo alguns desejos consumistas. Ao conseguir diminuir esse tipo de custo, passará a sobrar mais dinheiro na conta e consequentemente, lhe sobrará dinheiro para investir na sua aposentadoria. 

Ter um controle maior do orçamento e fazer uma reserva financeira 

Trata-se de um complemento da ação anterior. No entanto, não pense que isso significa limitar ao extremo tudo o que você gasta no dia a dia, mas sim investir na sua organização financeira pessoal. Isso passa por começar a registrar aquilo que entra e sai da sua conta corrente, de forma a entender melhor os ganhos e gastos que você tem todo mês. 

Dessa forma será possível identificar todos aqueles gastos obrigatórios (contas, imposto, alimentação básica, etc), daqueles que são opcionais (refeições fora do horário de trabalho, compras por impulso, entre outros). Com isso, será mais fácil identificar onde que é possível economizar, ao mesmo tempo em que mantém um padrão de vida que seja compatível com sua renda. 

Ao fazer esse controle, deve-se partir para fazer uma reserva financeira, que será justamente o dinheiro a se separar para fazer investimentos de longo prazo. Por exemplo: tentar conseguir separar pelo menos 10% do total ganho no mês para investir. Só que claro, quanto mais for possível, melhor. 

Antes de investir, fazer uma reserva de emergência 

Esse acaba sendo um outro erro comum, pois muitos ao ter um imprevisto financeiro, acabam recorrendo aos investimentos de longo prazo e colocando a perder o planejamento financeiro para aposentadoria.  

Imprevistos como problemas de saúde, perda de emprego ou mesmo uma diminuição de renda na residência, que comprometa as contas da casa, podem acontecer. Justamente por isso que neste momento deve-se ter uma reserva que possa ajudar a manter a casa por um período de pelo menos seis meses a um ano.  

O ideal é que justamente se faça isso antes de começar a fazer um planejamento financeiro para aposentadoria, pois assim será possível investir o dinheiro, sem que haja o risco de precisar tirá-lo por conta de imprevistos como os citados acima. 

Ter em mente o valor necessário para manter seu padrão de vida 

Para se ter uma aposentadoria tranquila, é necessário entender como manter seu padrão de vida no futuro. Sendo assim, você precisará analisar tudo a partir do ponto de você contribuir ou não para o INSS e o quanto você contribui. Esse valor lhe dará uma base do quanto a mais você precisará ter para complementar sua renda. 

Contudo, se você não contribui para o INSS, a conta deverá englobar os 100% do valor necessário para você manter seu padrão de vida. Aqui, você deverá ter em mente que as despesas mudarão. Por exemplo: estudos de filhos, financiamentos, alguns impostos que você passa a ser isento, deixam de ser contas com as quais você precisa se preocupar. 

Por outro lado, haverá a questão de poder investir em um plano de saúde, já que será um momento em que ele deverá ser mais necessário. Junto com isso, deve-se pensar também no que você investirá em lazer, já que a tendência será um maior tempo livre para isso, como passeios, viagens, etc. 

Fazer investimentos de longo prazo 

Por fim, chegamos ao momento de investir. Como dissemos antes, este é um dinheiro que você deverá “esquecer”, no sentido de não contar com ele para uso cotidiano. A grande vantagem de investimentos longos são os juros compostos, que são os juros sobre juros.  

Ou seja, quando você vai reaplicando o dinheiro, você passará a ter rendimento em cima do seu rendimento. Com isso, o tempo que você deixa o dinheiro investido passa a ser a maior vantagem das suas aplicações.  

Neste caso, há diversas opções, que irão variar de acordo com as possibilidades de cada um. Pode-se investir simplesmente em uma previdência privada, como também buscar fundos de investimentos, ou mesmo títulos públicos, que trazem grandes vantagens para quem deseja investir no longo prazo. 

Considerações finais 

Uma das chaves para se poder fazer um planejamento financeiro para aposentadoria é conseguir se organizar financeiramente. Entender se você está exagerando no consumismo, ver o quanto é possível economizar e fazer uma reserva emergencial, são os primeiros passos para poder começar a pensar nos seus planos de longo prazo. 

Só que é importante considerar que ele não deve ser o único tipo de plano que você deve ou mesmo precisa fazer. Pois também deve-se pensar naqueles investimentos de curto e médio prazo, como a compra de um carro ou mesmo bens menores para sua residência.  

Pode parecer difícil ou às vezes até mesmo inviável, mas salve casos em que seus rendimentos estão quase todos comprometidos com despesas do dia a dia, em muitos casos pode-se ter apenas um problema de dinheiro gasto sem controle.  

Caso você busque uma consultoria especializada para poder fazer seus investimentos, fale com um profissional da IN, para que ele possa lhe orientar a melhor forma de aplicar seu dinheiro.