Ao pensarmos no orçamento empresarial, parte importante desse planejamento é considerar o impacto econômico de diversos eventos, que exigem mudanças na previsão do mesmo. Entre eles, um dos que mais preocupa o empresário é a inflação. Isso porque ele interfere de muitas formas no bom funcionamento da empresa.
Conceito de inflação
Primeiramente é importante entender como funciona a inflação, assim como ela é calculada. Conceitualmente significa o aumento contínuo e generalizado dos preços da economia. No entanto, podemos colocar de uma forma mais prática como a perda do poder de compra da moeda.
Esse não é um fenômeno exclusivo do Brasil, mas aqui temos algumas formas de medir a inflação, que são os indicadores de tendências (aqueles que normalmente vemos em jornais). Os mais conhecidos são:
- IPCA: Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo;
- IGP-DI: Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna;
- INPC: Índice Nacional de Preços ao Consumidor.
Eles funcionam pegando algumas variáveis e calculando a variação de preço de um mês para o outro. Só que aqui é preciso destacar que essa conta é feita com pesos diferentes de acordo com o produto. Por exemplo: produtos essenciais, como os da cesta básica, pesam mais no cálculo que supérfluos.
Tipos de inflação e seu impacto econômico
Nós temos quatro tipos de inflação: de demanda, de custos, inercial e hiperinflação. Entretanto as mais comuns e recorrentes são as duas primeiras. Sobre as outras, um rápido conceito de como ocorrem:
- Inflação inercial – trata-se de uma “memória inflacionária”. Ou seja, a inflação atual é decorrente do índice passado somado a expectativa de inflação futura. Ela não tem relação com aumento de demanda ou custos, mas sim do medo da inflação futura somada a indexação de preços. Ocorre quando você tem preços reajustados automaticamente;
- Hiperinflação – neste caso é quando a inflação passa muito do limite do tolerável e fica fora de controle. Como consequência traz uma grande desvalorização da moeda e acaba levando o país a uma recessão econômica. Aqui no Brasil passamos por isso nos anos 80.
Agora vamos às duas mais comuns no nosso dia a dia, a inflação de demanda e a de custos.
Inflação de demanda
Ocorre em momentos de aquecimento econômico, pois é quando o consumo supera a oferta. Pode-se dizer que esta é movida por um fator positivo, porque temos o aumento de investimentos, queda do desemprego e elevação de salários. Contudo, por conta da escassez de determinados bens, pela alta procura, temos a inflação de demanda.
Inflação de custos
O exato oposto da anterior, pois acontece quando o consumo está estagnado, mas os custos de produção sobem. Por exemplo: aumento da energia elétrica, dos combustíveis, insumos etc. Tudo isso impacta no valor dos produtos para o consumidor final.
A consequência direta é a substituição por alternativas mais baratas de artigos básicos ou mesmo a queda brusca daqueles que não são prioridade. Isso porque o impacto para o consumidor final é uma queda brusca no seu poder de compra. Aqui é preciso buscar formas de diminuir o impacto dela na sua empresa.
Alternativas para amenizar o impacto econômico da inflação
Inicialmente é preciso avaliar o efeito da inflação no seu negócio. Por exemplo: se é possível manter o fluxo de caixa em termos reais. Em outras palavras, manter o crescimento pelo menos ao ritmo da inflação. Para isso é preciso analisar quatro pontos básicos:
- Possibilidade de repassar o aumento de preços – o aumento do custo de produção impacta diretamente no preço final. Entretanto, você é capaz de repassar ao consumidor esse aumento sem ter queda no volume de vendas? Se sim, o fluxo de caixa se manterá em termos reais;
- Poder reduzir custos – caso a empresa tenha altos custos fixos ou com necessidades recorrentes de reinvestir o capital (em equipamento por exemplo), terá mais dificuldade de compensar os efeitos negativos da inflação. Por outro lado, se houver a possibilidade de corte (em áreas não estratégicas), os impactos para essa serão minimizados;
- Boa estrutura de dívidas – aqui entra a análise relacionada a dívidas atreladas a inflação. Isso porque essa variação pode impactar diretamente nos custos. Por isso é sempre importante evitar dependência de dívidas com esses índices;
- Bem-estar dos colaboradores – Por fim, mas não menos importante é preciso analisar como os seus funcionários enfrentam a crise. Como muitos tem salários que cobrem exatamente suas necessidades, uma alta na inflação pode causar um aumento de dívidas, o que acabará prejudicando o seu desempenho no trabalho. Planos de benefícios, cursos e palestras podem ser boas formas de auxiliar os trabalhadores nessa hora de aperto deles e da empresa.
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