Desde o início da Guerra da Ucrânia, ações de um determinado tipo de companhia, viraram a “menina dos olhos” dos investidores: as das petroleiras. Dentro deste cenário, temos a gigante nacional Petrobrás como uma das que poderiam mais se beneficiar de tal situação.
No entanto, o verdadeiro caos que se instaurou com as sucessivas trocas de comando, fazem com que ela oscile e até mesmo sofra perdas nas suas ações. Dentro deste cenário, muitos investidores ficam em dúvida sobre como proceder, em meio a essa crise.
Um breve resumo sobre as ações de petroleiras em alta
Antes de seguirmos sobre a Petrobrás, é interessante contextualizar os motivos que fazem as ações de petroleiras estarem tão em alta. A explicação está diretamente ligada à guerra na Ucrânia, mais especificamente, da Rússia. Para quem não sabe, ela é uma gigante das commodities (a exemplo do Brasil) e vem sofrendo com sanções dos países do ocidente.
Em retaliação, ela tem dificultado o acesso a algumas matérias-primas como trigo, fertilizantes e especialmente gás natural e petróleo. Em relação ao gás, ela é a maior fornecedora do mundo, já do petróleo, é a segunda maior. Seus principais consumidores, são os países da Europa ocidental, que também são membros da OTAN e tem feito as sanções aos russos.
Com isso, diversas potências mundiais passaram a sofrer o risco de desabastecimento com esse corte de fornecimento. Sendo assim, houve uma disparada nos preços do petróleo ao redor do mundo. O Brasil, como produtor de petróleo, foi um dos afetados com isso, pois desde o governo Temer adota-se a PPI (Preço de Paridade de Importação).
O PPI e as razões para trocas sucessivas de comando na Petrobrás
Para quem não conhece, a PPI significa que os preços daqui tem como referência o mercado internacional. Ou seja, com a alta do petróleo no mundo, o preço aqui também sobe e, consequentemente o combustível.
O efeito cascata do aumento de combustível pressiona a inflação, pois além de afetar obviamente o preço de gasolina, diesel, GLP, ele afeta de forma indireta preços de outros produtos. Por exemplo: alimentos sofrem com a alta por conta do transporte, com o mesmo se aplicando a várias outras coisas que dependem de um transporte que use um derivado de petróleo.
Só que esse aumento vem ocorrendo há alguns anos, então por que agora temos essa situação? A explicação vai além da economia, batendo na parte política. As críticas da população por conta dos sucessivos aumentos, pressionam o governo federal. Mas, por estarmos em ano de eleição, as críticas podem interferir diretamente no resultado das urnas.
Temendo reações adversas, houve a primeira mudança de comando em março, com a demissão do general Joaquim Silva e Luna. No entanto, mesmo com a entrada de José Mauro Coelho, as altas seguiram. Por fim, no último dia 23 de maio, apenas quarenta dias depois de assumir, o novo presidente também foi demitido.
Só que como não existe previsão de ser revista a prática da PPI, a tendência é que o novo presidente sofra o mesmo tipo de pressão. Inclusive ele já foi indicado e trata-se de Caio Mario Paes de Andrade, auxiliar do ministro da Economia.
Como fica a situação para os investidores da Petrobrás?
O momento segue de incerteza, pois o novo indicado não tem experiência na área de óleo e gás, o que pode gerar desconfiança no setor. Isso porque normalmente o indicado é alguém com experiência comprovada.
Entretanto, como citado antes, a prática do PPI não deve sofrer mudança. Dessa forma, mesmo com turbulências, a tendência é com o tempo sofrer uma estabilização ou até mesmo voltar a operar em alta. Tanto que na palavra de muitos especialistas, o momento é de esperar. Isso porque alguns podem, por medo de perder mais dinheiro com a desvalorização dos papeis, optar por vendê-los.
Só que, na palavra deles, o momento é de segurar, pois a tendência é um retorno aos patamares de antes da mudança. Contudo, alguns também temem que hajam novas interferências do governo. Neste caso, o que fazer?
Como lidar com a incerteza em relação a Petrobrás?
Para além do que já falamos sobre a recomendação de não se desfazer dos papeis da companhia neste momento, especialistas citam outras opções. Caso o interesse seja manter-se investindo em petroleiras, que busquem outras ações disponíveis no mercado, que têm operado em alta. Contudo, há quem considere um bom momento justamente de investir nos papeis da Petrobrás.
A explicação é justamente de aproveitar o momento de baixa, apostando em uma valorização futura.
Considerações finais
Por fim, é importante ressaltar o caráter informativo das recomendações. Isso porque investir no mercado de ações envolve riscos e assim como existe essa tendência, há também a possibilidade de novas quedas. Sendo assim, o melhor a se fazer é buscar um especialista que possa lhe mostrar a melhor forma de investir seu dinheiro no mercado, assim como buscar diversificar sua carteira.
Não deve-se apostar tudo em apenas um tipo de investimento. Dessa forma, mesmo que haja a queda ou possíveis perdas normais em um mercado de risco, você tem reservas aplicadas em outros locais.
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