Talvez um dos temas mais recorrentes quando o assunto é finança em noticiários, é o fato de que o brasileiro está endividado e normalmente nos piores modelos de créditos (com taxas mais altas de juros). Apesar de neste meio termos muitas pessoas que ficaram assim por problemas além de seu controle, especialmente pela pandemia, muitas entram nisso por descontrole. 

Por conta dessa situação, o tema da educação financeira vem tornando-se recorrente. Só que não apenas para os adultos, mas também para crianças e adolescentes. Inclusive com muitas pessoas defendendo que esta matéria também fizesse parte do currículo escolar.  

No entanto, bem sabemos que não é e que também não há uma previsão que isso ocorra. Ou seja, cabe aos pais ensinarem as crianças a importância do equilíbrio financeiro. 

Por que fazer a educação financeira de crianças e adolescentes? 

A dúvida que muitos pais tem, reside especialmente no medo de que a criança ou o jovem fique muito mesquinho, materialista e preocupado excessivamente com dinheiro. E de fato é justificada, pois a educação financeira nesta idade precisa ser feita com muito equilíbrio, para evitar chegar nestes extremos. 

Por outro lado, o não fazer nada é igualmente ruim, pois você cria uma pessoa que não terá controle. Quando os pais são muito permissivos, fazendo todas as vontades da criança ou jovem, podem torná-lo no futuro uma pessoa consumista e que pode vir a ter sérios problemas financeiros por conta disso.  

Juntamente com isso, é igualmente ruim você “resolver” o problema de uma birra ou manha para comprar algo, comprando. Só que neste caso, por criar uma pessoa mimada, que pode ter muitas dificuldades, tanto no convívio com outros, como no próprio trabalho. 

Para além disso, torna a vida financeira da família muito mais saudável, pois evita dificuldades financeiras decorrentes de gastos desnecessários devido ao consumismo da criança ou adolescente.  

Especialmente em uma época em que a criança já começa muito cedo a usar a internet e é bombardeada pelos mais variados tipos de anúncio, fazer sua educação financeira é parte importante da criação. 

Coisas que os adultos devem fazer ANTES de começar a educação financeira dos filhos 

Antes de falarmos qualquer coisa referente a educação financeira de crianças e adolescentes, precisamos falar dos pais.  

E por quê?  

Pelo fato de que acima de tudo, os pais são exemplos e referências para os filhos. Ou seja, não será possível ensinar nada, caso você não seja um exemplo. Neste caso, as principais dicas são: 

  • Primeiramente é preciso ter controle, pois você não pode ensinar a economizar sendo consumista. Mostrar ao seu filho que você não compra por impulso, é um ótimo começo; 
  • Depois, ensinar ele a poupar. Da mesma forma que você o ensinará a poupar para comprar algo, faça o mesmo. Ao perceber que você também precisa ter paciência e esperar para comprar algo que deseja, ele entenderá melhor o conceito de economizar; 
  • Não puni-lo por algo como notas baixas, com o corte da mesada. Segundo psicólogos, ao fazer isso, você pode incentivar a uma personalidade mercenária. Nestes casos, tirar o computador, game, smartphone é um castigo mais eficiente; 
  • Da mesma forma, não relacionar ganhos com tarefas domésticas, como lavar pratos, arrumar o quarto, etc. Ao fazer isso, você o ensina a sempre cobrar por tudo que faz, mesmo que seja um simples favor; 
  • Por fim, deixe-a gastar o próprio dinheiro. Isso porque ela precisa aprender com as próprias decisões, sejam elas boas ou ruins. E mais importante: se ela fizer um gasto excessivo e depois quiser mais, não dê, pois você pode incentivar que esse comportamento se repita. 

Com essas importantes questões em mente, podemos passar a educação financeira para crianças e adolescentes. 

Como explicar finanças para crianças? 

Quando a criança ainda é pequena e não tem noção do valor das coisas, é preciso fazer de forma mais lúdica. Por isso, começar com uma semanada (ao invés de mesada) é mais interessante, pois ela ainda não tem a noção de tanto tempo com o dinheiro.  

Juntamente com isso ensinar a ela como usar o dinheiro. Levá-la para comprar um brinquedo, doce e mostrar a ela não apenas como usar, mas também que ela precisa escolher. Nesses casos, deixá-la escolher e não complementar para ela levar algo a mais. A ideia aqui é mostrar que nem sempre dá pra comprar tudo que se deseja. 

Por fim, incentivá-la a guardar dinheiro no cofrinho. Este é importante para explicar que ela pode deixar uma parte do dinheiro reservada para, por exemplo, comprar um brinquedo mais caro. 

Educação financeira para adolescentes 

Agora já falamos de uma fase em que o jovem tem mais noção de dinheiro, do valor das coisas, então a explicação aqui fica um mais simples. 

A questão da mesada pode e deve continuar, mas agora mensal (como o nome já diz) e seguindo uma proporcionalidade. Ou seja, valores diferentes de acordo com a idade. Isso também significa reajustes, que podem ser anuais. 

Aqui que a regra do “deixar gastar” torna-se mais importante, pois dará a noção de prioridades. Por exemplo: se o jovem gasta muito saindo com os amigos, mas não economiza nada, ele sentirá na hora que desejar comprar algo um pouco mais caro e não tiver nenhuma reserva. Em casos como esse é importante não ajudar, mas sim deixar que ele economize para o futuro. 

Também é um bom momento para ensinar ele como lidar com contas bancárias e até mesmo cartões de crédito (de preferência pré-pagos). Assim quando ele chegar na idade adulta, terá familiaridade com os serviços e não sentirá dificuldade de trabalhar com eles. 

Finalmente, deve-se ensinar a ele a diferenciar necessidade de consumismo. Isso pode ser feito conversando com ele e mostrando a diferença de comprar algo que precisa ou um desejo, de algo que é comprado só por comprar. 

Conclusão 

Todas essas dicas podem ajudar você a educar seus filhos, mas não é tudo. É preciso mostrar a ele também que a vida dele não gira em torno disso. Deve-se sim explicar a importância do equilíbrio financeiro, mas não que ele deva viver em função dela. 

Incentivá-lo a sair pra se divertir (e gastar), mostrar a importância do lazer e não apenas do acúmulo, são lições tão importantes quanto. Desta forma, o jovem poderá ser um adulto no futuro que terá menos problemas financeiros e ao mesmo tempo consegue equilibrar a economia com aproveitar a vida. 

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